Compras de fim de ano e Reforma Tributária: o que sua empresa precisa ajustar antes de 2026

Veja o que reunimos neste conteúdo:

  • A relação entre compras de fim de ano e a Reforma Tributária do Consumo
  • O que muda com a chegada da CBS e do IBS em 2026.
  • Impactos do split payment, cashback e cClassTrib na operação fiscal.
  • Ajustes necessários em sistemas, cadastros e integrações.
  • Boas práticas para manter eficiência e conformidade na alta demanda.
  • O papel da automação fiscal na transição para o novo modelo.

Introdução 

O fim de ano sempre representa um marco para as empresas: um período de alta movimentação comercial, metas intensas e fechamento contábil. 

Em 2025, esse ciclo assume uma importância ainda maior, já que pela primeira vez, o varejo e o e-commerce vão encarar a temporada de maior volume de vendas sob as diretrizes da Reforma Tributária do Consumo, que inaugura um novo modelo de apuração e transparência fiscal.

A Black Friday, o Natal e o Ano Novo se transformam, portanto, em um verdadeiro campo de testes. Além de lidar com a pressão por desempenho e logística, as organizações precisam validar seus sistemas fiscais, cadastros e integrações, garantindo que a transição para CBS e IBS ocorra com segurança e sem impacto nas vendas.

Este e-book foi desenvolvido para orientar empresas nesse momento de virada. Aqui, você encontrará uma análise técnica e prática sobre como a Reforma Tributária se conecta às operações de fim de ano, quais ajustes precisam ser priorizados e de que forma a automação fiscal pode sustentar eficiência e conformidade em períodos de alta demanda.

Neste e-book você vai encontrar: 

  • O novo cenário fiscal no fechamento de 2025
  • Por que o fim de ano é o momento decisivo para testar o novo modelo
  • CBS e IBS: como os novos tributos impactam o checkout e a formação de preços
  • Split payment e cashback: novas dinâmicas de fluxo e controle
  • Como preparar a operação fiscal para o pico de vendas?
  • Como lidar com falhas e contingências durante os períodos de alta demanda de vendas? 
  • Fechamento contábil e planejamento para 2026
  • Automação fiscal e a virada para 2026

O novo cenário fiscal no fechamento de 2025

O período de compras de fim de ano, tradicionalmente marcado pelo pico de consumo no Brasil, ganha em 2025 um novo significado, já que coincide com a implementação prática da Reforma Tributária do Consumo. 

A mudança redefine a forma como as empresas calculam, apuram e exibem tributos, trazendo impacto direto nas operações em um momento de alta demanda.

Durante a Black Friday, o Natal e o Ano Novo, o volume de vendas aumenta e o ambiente de negócios se torna mais sensível a erros. 

Essa combinação entre crescimento nas transações e novas exigências fiscais coloca à prova a estrutura operacional das empresas, exigindo atenção redobrada da área fiscal e integração plena com os sistemas de gestão.

Enquanto o varejo e o e-commerce investem em estratégias para ampliar o faturamento, as equipes responsáveis pelo compliance precisam manter agilidade, estabilidade e conformidade em tempo real. 

O desafio é equilibrar a velocidade das operações comerciais com a precisão exigida pelo novo modelo tributário, que já começa a ser testado de forma prática em várias empresas.

Mesmo que a adoção da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) ainda seja facultativa em 2026, a preparação antecipada tornou-se essencial. 

A Receita Federal e os fiscos estaduais já iniciaram processos de integração e testes de conectividade com o modelo de split payment, avaliando a consistência das informações transmitidas pelos contribuintes.

Essa etapa de homologação serve como um filtro de maturidade tecnológica. As empresas que validarem seus sistemas ainda em 2025 entram em 2026 com operações mais estáveis, enquanto aquelas que deixarem para se adaptar depois podem enfrentar gargalos técnicos, retrabalho e riscos de conformidade logo nos primeiros meses

Por que o fim de ano é o momento decisivo para testar o novo modelo

A temporada de Black Friday, Natal e Ano Novo concentra o maior volume de vendas e o nível mais alto de complexidade fiscal do ano. 

Nesse período, o número de notas fiscais emitidas cresce rapidamente, os picos de checkout se intensificam e as variações de preço tornam o controle tributário mais exigente.

Em 2025, essa dinâmica se soma à aplicação prática das novas regras da Reforma Tributária do Consumo. O cálculo dos tributos passa a considerar variáveis como origem, destino, tipo de operação e regime tributário, o que exige um motor de cálculo preparado para processar informações em tempo real e devolver resultados precisos.

As empresas que já simulam a aplicação da CBS e do IBS durante períodos de alta demanda conseguem validar cadastros, tabelas fiscais e parametrizações em condições reais de operação. 

Essa antecipação permite ajustar a infraestrutura tecnológica, reduzir riscos de erro e entrar em 2026 com os processos fiscais prontos para a nova estrutura tributária.

CBS e IBS: como os novos tributos impactam o checkout e a formação de preços

A principal mudança da Reforma é a criação de dois tributos com base ampla, não cumulativos e cobrados no destino da operação.

  • CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) — tributo federal que substitui PIS e Cofins.
  • IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) — tributo compartilhado entre estados e municípios, que substituirá ICMS e ISS.

Ambos seguem o modelo do IVA (Imposto sobre Valor Agregado), adotando regras de transparência e crédito amplo. 

No e-commerce, o reflexo aparece diretamente no checkout, onde o cálculo da alíquota final dependerá de fatores como a localização do comprador, o tipo de mercadoria e o destino da entrega.

Essa mudança reforça o conceito de transparência fiscal, pois a expectativa é que o consumidor visualize, ainda na tela de pagamento, a composição dos tributos aplicados à compra. 

Para que essa exibição ocorra de forma precisa, as plataformas de venda e os motores fiscais precisam operar de maneira totalmente integrada, garantindo que o cálculo e a apresentação das informações tributárias sejam consistentes e sincronizados em tempo real.

Split payment e cashback: novas dinâmicas de fluxo e controle

A Reforma Tributária introduz novas formas de recolhimento e controle dos tributos, que exigem adequações tanto nos sistemas fiscais quanto na gestão financeira das empresas. 

Entre essas mudanças, destaca-se o split payment, ou pagamento fracionado, mecanismo no qual a parcela correspondente aos impostos é automaticamente separada do valor da venda e encaminhada diretamente aos entes federativos. 

O modelo busca garantir arrecadação imediata e reduzir índices de inadimplência, mas também altera de forma relevante a rotina das empresas.

Para funcionar corretamente, o split payment demanda integração direta entre sistemas financeiros, contábeis e fiscais, além de ajustes nos fluxos de caixa, já que os valores destinados aos tributos deixam de transitar pelas contas corporativas.

Paralelamente, avança a discussão sobre o cashback tributário, que prevê a devolução automática de parte dos tributos a consumidores de baixa renda, utilizando mecanismos como o Pix. 

A proposta tem caráter extrafiscal e visa tornar o sistema mais equilibrado, embora também imponha desafios operacionais, principalmente na conciliação de dados e na validação dos beneficiários desse retorno financeiro.

Como preparar a operação fiscal para o pico de vendas?

O desempenho nas vendas de fim de ano está diretamente ligado à combinação entre estratégia comercial e eficiência fiscal. 

Para sustentar grandes volumes de transações, a operação precisa ser estável, automatizada e preparada para evitar gargalos, rejeições e paralisações que comprometem o fluxo de vendas.

Durante períodos de alta demanda, como Black Friday e Natal, o sistema de emissão fiscal atua como o verdadeiro centro da operação. 

Qualquer lentidão ou falha nesse processo pode resultar em milhares de transações pendentes e prejuízos imediatos. 

Por isso, o preparo deve ser completo,  unindo infraestrutura tecnológica, capacitação da equipe e processos fiscais bem estruturados para garantir continuidade e conformidade em todas as etapas. Confira: 

1. Equipe fiscal e contábil preparada

O conhecimento técnico é o ponto de partida para garantir conformidade e estabilidade na operação fiscal. 

As equipes precisam compreender as novas regras da Reforma Tributária, entender o uso do cClassTrib e entender como será o processo de apuração no novo modelo de tributos. 

Quanto mais familiaridade houver com essas mudanças, menores serão as chances de erros nas etapas de cálculo, emissão e validação das notas fiscais.

A integração entre as áreas fiscal, contábil e de tecnologia da informação também se torna indispensável. 

Com sistemas interligados, monitoramento em tempo real e comunicação direta, os times conseguem identificar inconsistências rapidamente e agir de forma preventiva, antes que qualquer falha impacte o fluxo de vendas ou gere rejeições nas autorizações fiscais.

2. Emissão automática e compliance

Emitir nota fiscal é uma exigência legal que assegura segurança jurídica para a empresa e transparência nas relações com o consumidor. 

O documento garante rastreabilidade das operações, validade fiscal e confiança em todo o processo de compra.

Durante períodos de alto volume de vendas, os processos manuais deixam de atender à velocidade exigida pelo mercado. 

A automação fiscal precisa ser capaz de processar milhares de emissões simultâneas, manter o controle de autorização junto à Sefaz e acionar mecanismos de contingência imediata em caso de instabilidade, preservando o fluxo de vendas e a conformidade das transações.

3. Sistema fiscal robusto e integrado

Um sistema de gestão fiscal inteligente é o elemento que sustenta a operação durante os períodos de maior volume de vendas. 

Ele automatiza tarefas repetitivas, aplica regras fiscais de forma consistente e reduz o risco de erro humano em processos de cálculo e emissão. 

Além de otimizar o desempenho operacional, esse tipo de solução contribui diretamente para a segurança e a conformidade tributária.

Entre os principais benefícios estão:

  • Redução de multas e rejeições, graças à validação automática das informações antes do envio à Sefaz;
  • Cumprimento de prazos e obrigações acessórias, com controle centralizado das emissões;
  • Armazenamento seguro e rastreabilidade dos documentos fiscais, facilitando auditorias e consultas;
  • Alta performance durante picos de emissão, garantindo estabilidade e continuidade mesmo em momentos de grande demanda.

Esses sistemas também devem estar preparados para o novo cenário da Reforma: com cClassTrib parametrizado, regras de split payment configuradas e integração com o modelo de apuração assistida.

Como lidar com falhas e contingências durante os períodos de alta demanda de vendas? 

Mesmo com automação fiscal, falhas podem ocorrer em momentos de grande volume de transações, principalmente quando há sobrecarga nos sistemas da SEFAZ. Entre as ocorrências mais comuns estão:

  • Interrupções na comunicação entre o emissor e a SEFAZ;
  • Rejeições de notas fiscais por inconsistências nos dados;
  • Instabilidades na autorização que atrasam o envio e o retorno das NFes.

Para manter a operação ativa durante essas situações, o sistema fiscal precisa dispor de recursos que assegurem agilidade e continuidade, como:

  • Detecção automática de falhas, identificando oscilações em tempo real;
  • Ativação imediata do modo de contingência, garantindo que as notas continuem sendo geradas localmente;
  • Transmissão automática das notas assim que o serviço da SEFAZ é restabelecido;
  • Monitoramento contínuo do status de envio e validação, reduzindo o retrabalho da equipe fiscal.

Com esses mecanismos, a empresa mantém estabilidade, rastreabilidade e conformidade, evitando perda de dados, atrasos de entrega e riscos de penalidade, mesmo em períodos de alta demanda.

Fechamento contábil e planejamento para 2026

O encerramento de 2025 representa o fim de um ciclo e a preparação para outro, marcado pela entrada facultativa dos tributos CBS e IBS a partir de 2026. 

Esse momento é ideal para revisar processos e garantir que a operação fiscal esteja pronta para o novo modelo de apuração.

Durante o fechamento contábil, as empresas devem aproveitar para revisar cadastros, validar parametrizações e ajustar integrações entre sistemas. 

O checklist de preparação inclui:

  • Simular operações com os novos tributos, testando o comportamento do sistema em diferentes tipos de transação;
  • Verificar o uso do cClassTrib e as regras de apuração assistida, assegurando que os cálculos estejam corretos;
  • Validar cadastros fiscais de produtos e clientes, eliminando divergências de código, NCM ou origem;
  • Integrar ERP, mensageria e motor de cálculo, garantindo que os dados circulem de forma sincronizada;
  • Atualizar regras e lógicas de split payment, conforme os testes e diretrizes mais recentes;
  • Capacitar as equipes fiscais e contábeis, reforçando o conhecimento sobre o funcionamento do novo modelo tributário.

As empresas que concluírem essa preparação entrarão em 2026 com processos mais maduros, sistemas estáveis e equipes prontas para operar com eficiência, reduzindo o tempo de adaptação e evitando retrabalho operacional.

Conclusão: automação fiscal e a virada para 2026

A automação fiscal consolidou-se como o principal pilar de uma operação preparada para a nova estrutura tributária. 

Em 2025, enquanto o varejo e o e-commerce lidam com recordes de vendas e novos requisitos da Reforma Tributária, as empresas mais bem posicionadas são aquelas que já conectaram seus sistemas de gestão, mensageria e cálculo de tributos.

Nesse contexto, a Avalara oferece uma arquitetura completa de automação que sustenta a operação fiscal durante a alta demanda e prepara as empresas para a entrada facultativa de CBS e IBS em 2026.

O AvaTax Brasil é o motor de cálculo fiscal que automatiza a determinação de tributos em tempo real, interpretando dados de localização, produto e regime tributário para garantir precisão e conformidade. O processo ocorre em quatro etapas integradas:

  • Chamada de cálculo: envio das informações da transação ao sistema;
  • Processamento: análise dos atributos fiscais e perfis de operação;
  • Determinação e cálculo: identificação dos tributos aplicáveis e das alíquotas correspondentes;
  • Retorno ao ERP: aplicação automática do cálculo na nota fiscal e registro em conformidade com as regras oficiais.

Por ser 100% em nuvem, o AvaTax Brasil mantém o cálculo sempre atualizado conforme as legislações federal, estadual e municipal, garantindo aderência ao modelo de CBS e IBS desde a fase de testes.

Complementando esse ecossistema, a Mensageria 2.0 assegura emissão, armazenamento e gestão de documentos fiscais eletrônicos com alta disponibilidade e integração nativa aos principais ERPs. 

Em períodos críticos, como a Black Friday e o Natal, o sistema ativa automaticamente o modo de contingência, mantendo a emissão contínua e evitando atrasos ou rejeições mesmo diante de instabilidades externas.

A combinação entre motor de cálculo inteligente e mensageria de alta performance cria uma estrutura de compliance end-to-end capaz de sustentar o ritmo das vendas e atender às novas exigências fiscais do país.

O encerramento de 2025 marca o início de uma nova etapa na gestão tributária, e as empresas que utilizarem esse período para testar sistemas, integrar soluções e capacitar suas equipes estarão mais preparadas para o próximo ciclo. 

Ao iniciar 2026, chegarão com processos consolidados, dados confiáveis e a segurança necessária para operar dentro do novo regime de tributos sobre o consumo.

Antecipe sua adaptação à Reforma Tributária.

Conheça o AvaTax Brasil e a Mensageria 2.0, soluções Avalara que unem automação, cálculo em tempo real e emissão segura de documentos fiscais,  preparando sua operação para 2026 e para o futuro da conformidade fiscal no Brasil.

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